Ilustração em estilo cordel com cores lúdicas representando Ogum, o orixá guerreiro e abridor de caminhos.Ogum em xilogravura moderna – o orixá da coragem, das batalhas e dos caminhos abertos, com traços vibrantes e expressão ancestral.

Você já sentiu como se uma força invisível abrisse os seus caminhos mesmo diante dos maiores obstáculos?
No Candomblé, essa força tem nome, história e axé: Ogum.
O orixá do ferro, da guerra, da tecnologia e do trabalho. Aquele que enfrenta o impossível, corta as demandas com sua espada e guia quem tem coragem.

Neste post, vamos desmistificar quem é ele no Candomblé, explorar seus símbolos, seus itans (mitos), e entender por que ele é tão reverenciado nos terreiros e fora deles.


⚔️ Quem é Ogum?

Ele é o orixá da guerra, da luta, da estrada, das ferramentas e da transformação. Representa o movimento constante, a força do trabalho, a coragem de seguir adiante mesmo nos momentos mais difíceis.

Ele é o desbravador dos caminhos, aquele que vai à frente abrindo as encruzilhadas com sua espada de ferro. Sua energia é quente, direta e objetiva. Quem p carrega sente a necessidade de conquistar, de resolver, de agir com honra.

Na tradição iorubá, é conhecido como Ògún, e está diretamente ligado à invenção do ferro e ao desenvolvimento da civilização. Sem ele, não haveria arado, não haveria espada, não haveria caminho aberto.


🌍 Ogum no Candomblé

No Brasil, ele é cultuado em diversas nações do Candomblé, como Ketu, Jeje e Angola. Em todas, ele aparece como um orixá fundamental para a ordem e a justiça.

Ele é o patrono dos soldados, dos ferreiros, dos motoristas, dos trabalhadores de rua, e de todos que vivem do esforço físico e da luta diária.

Características marcantes:

  • Cor: azul escuro ou verde metálico
  • Dia da semana: terça-feira
  • Saudação: Ògún Yè!
  • Ferramenta: espada, facão ou lança
  • Símbolos: ferro, estrada, ferramentas
  • Elemento: fogo e ferro

Ele também é cultuado como aquele que respeita Exu, pois sabe que sem Exu, nenhum caminho é aberto. Essa relação entre os dois mostra que força sem sabedoria pode ser destrutiva.


🛡️ Ogum: Guerreiro da Justiça

Ele é mais que um guerreiro: é um defensor.
Luta por justiça, por ordem e por respeito. Não aceita covardia nem traição.
Ele age rápido, mas sempre com um senso profundo de retidão.

É por isso que ele é invocado em momentos de disputa, quando é preciso força para enfrentar batalhas judiciais, espirituais ou pessoais.


📖 Itan de Ogum: A Caminhada Solitária

Conta um itan que ele abriu caminhos por todo o mundo com sua espada afiada. Mas, ao terminar sua missão, percebeu que havia se afastado de tudo e todos.
Decidiu então se recolher, desaparecendo nas matas. Foi Exu quem o encontrou e o trouxe de volta ao convívio dos orixás.

Esse mito ensina que a força precisa de equilíbrio, que o guerreiro também precisa saber parar. Que até mesmo ele, em sua valentia, precisa do toque de Exu para se reconectar com a vida.

“Ogum partiu com seu facão e abriu o mundo.
Mas só encontrou paz quando retornou ao axé.”


🌿 Oferendas e Rituais para Ogum

As oferendas a ele geralmente incluem alimentos simples e fortes, como:

  • Feijão preto com arroz (feijão de Ogum)
  • Inhame assado
  • Dendê
  • Cerveja branca ou licor de jenipapo
  • Ferramentas de ferro

As oferendas são colocadas em lugares de movimento: encruzilhadas, entradas de casa ou estradas, sempre pedindo que ele abra caminhos e proteja a jornada.


🌀 Arquétipo de Ogum

Quem tem ele como orixá de cabeça tende a ser uma pessoa decidida, ativa, que resolve problemas de forma prática. Pode ter personalidade forte, mas geralmente é alguém justo, direto e confiável.

Ele também representa o arquetípico “herói”, aquele que protege os outros mesmo com o peso das próprias batalhas.


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❓FAQ – Perguntas Frequentes sobre Ogum

1. Ogum é o mesmo em todas as religiões afro-brasileiras?
Não. Ele aparece com nomes e características diferentes no Candomblé, Umbanda e Batuque, embora a essência guerreira e de justiça se mantenha.

2. Como saber se sou filho de Ogum?
A confirmação vem por jogo de búzios com um babalorixá ou iyalorixá. Mas pessoas muito ativas, diretas e defensoras da justiça costumam ter forte influência dele.

3. Posso fazer oferenda para Ogum em casa?
Sim, desde que com respeito, conhecimento prévio e preferencialmente orientação de um sacerdote. Lugares abertos e limpos são ideais.

4. Qual a diferença entre Ogum e Xangô?
Ele luta com armas e corta demandas, Xangô julga com sabedoria e raio. Ambos são guerreiros, mas com funções espirituais diferentes.


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Axé e até o próximo post!

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By Carlos Duarte Junior

Carlos Augusto Ramos Duarte Junior é um explorador apaixonado pela cultura e espiritualidade afro-brasileira. Influenciado pelas mulheres fortes e sábias de sua família, ele busca incessantemente entender e compartilhar o conhecimento sobre o Candomblé. Desde jovem, Carlos foi inspirado por sua mãe, avó, tia e irmã, que despertaram nele uma curiosidade pelas tradições ancestrais do Brasil. Formado em Economia, ele encontrou sua verdadeira paixão na cultura afro-brasileira, mergulhando no estudo do Candomblé. Suas experiências com sua tia sacerdotisa e sua irmã pesquisadora aprofundaram sua conexão com a espiritualidade do Candomblé. Carlos visitou terreiros, participou de cerimônias sagradas e estudou a história e mitologia desta religião. Ele compartilha seu conhecimento através do livro “Candomblé Desmistificado: Guia para Curiosos”, buscando quebrar estereótipos e oferecer uma visão autêntica desta tradição espiritual. Carlos é um defensor da diversidade e do respeito às religiões de matriz africana, equilibrando sua vida entre a escrita, a família e a busca contínua pelo conhecimento. Com seu livro, Carlos convida os leitores a uma jornada pelos mistérios e belezas do Candomblé.

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