Ilustração estilo cordel mostra mulher escrevendo sobre mídia e Candomblé, orixá com machado e homem com punho erguido, representando resistência à desinformação.Mídia e Candomblé: enfrentando a desinformação com axé e verdade ancestral.

A mídia é uma das ferramentas mais poderosas para moldar a forma como enxergamos o mundo. Ela pode educar, construir pontes e valorizar culturas — mas também pode desinformar, marginalizar e reforçar estereótipos. Quando se trata do Candomblé, o papel da mídia ainda é profundamente marcado por silenciamento e preconceito.

🧠 O Que É Mídia?

A palavra “mídia” vem do latim medium, que significa “meio”. Ela é qualquer canal de comunicação: jornal, rádio, TV, redes sociais, blogs, podcasts e muito mais. Ela tem o poder de formar opinião — e, por isso, é uma arena onde se travam disputas simbólicas, ideológicas e culturais.

🎭 O Candomblé e Suas Representações Midiáticas

Por muitos anos, o Candomblé foi retratado na mídia de forma folclórica, caricata ou associada à criminalidade. Não raramente, reportagens falam de “magia negra” ou “rituais macabros”, perpetuando uma narrativa racista e colonizada.

Esses estigmas têm efeitos reais:

  • Preconceito em escolas e ambientes de trabalho
  • Ataques a terreiros e lideranças religiosas
  • Vergonha ou medo de se identificar como pessoa de axé

“A mídia tem o poder de matar com palavras ou libertar com verdades.”

📱 Redes Sociais: Do Silenciamento à Autoafirmação

Se ela tradicional ainda marginaliza, as redes sociais abriram caminhos de resistência. Hoje, terreiros, mães e pais de santo, pesquisadores e criadores de conteúdo de axé usam a internet para:

  • Denunciar casos de intolerância religiosa
  • Compartilhar saberes ancestrais
  • Exibir com orgulho sua fé, roupas, cantigas e histórias
  • Desconstruir mitos e combater a desinformação

O Instagram, YouTube, TikTok e podcasts de espiritualidade negra têm se tornado espaços de axé digital.

📚 Leitura Relevante

🌐 Fontes Externas Confiáveis

✨ Você Sabia?

  • O primeiro documentário sobre Candomblé no Brasil foi censurado durante a ditadura militar?
  • Até hoje, muitos programas de TV evitam mostrar rituais afro-brasileiros com o mesmo respeito dado a missas ou cultos evangélicos?
  • Há coletivos de mídia negra como a Mídia Ninja, Alma Preta e Portal Geledés que atuam na valorização das religiões de matriz africana?

❓ FAQ – Perguntas Frequentes

Por que a mídia representa mal o Candomblé?
Porque reproduz visões coloniais, racistas e cristianizadas que associam o Candomblé ao mal, ao atraso ou ao exótico.

Como mudar isso?
Produzindo nossos próprios conteúdos, ocupando espaços de comunicação, fortalecendo redes de mídia negra e pressionando veículos tradicionais por representatividade.

É perigoso falar de Candomblé na internet?
Pode ser desafiador, sim — mas também é um ato político e educativo. Muitos ativistas sofrem ataques, mas contam com apoio coletivo.

Terreiros podem ter perfis nas redes sociais?
Devem! Desde que respeitem os segredos e fundamentos, é uma forma poderosa de educar, acolher e afirmar a fé publicamente.

Ela pode ser aliada do Candomblé?
Sim, quando usada com responsabilidade e consciência. Existem jornalistas, cineastas, escritores e comunicadores que trabalham para mostrar o Candomblé com verdade e respeito.

Quais são os principais erros dela ao falar do Candomblé?
Generalização, uso de termos pejorativos, associação com criminalidade, ignorância sobre os fundamentos e falta de fontes especializadas.

Por que é importante criar nossas próprias mídias?
Para contar nossa própria história, com nossa linguagem, nossos símbolos e nossa visão de mundo. Quando ocupamos os espaços digitais, reequilibramos o discurso.

Existe mídia tradicional comprometida com a diversidade religiosa?
Sim, embora ainda seja minoria. Alguns veículos independentes, universitários ou culturais têm se aberto para vozes do Candomblé.

Como posso apoiar a presença do Candomblé na mídia?
Seguindo e divulgando criadores de conteúdo de axé, denunciando conteúdos preconceituosos, participando de campanhas de conscientização e exigindo representatividade nos meios de comunicação.

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Livro: “Mídia, Racismo Religioso e Resistência Afro-brasileira”
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Esse livro analisa como ela trata as religiões afro-brasileiras e propõe caminhos para uma comunicação mais justa e descolonizada.

📣 Chamada para Ação

Você já reparou como a mídia fala do Candomblé?
🧠 Questione. Reposte. Crie. Denuncie.
🌿 Faça parte da mudança: compartilhe este texto, siga criadores de axé, fortaleça os conteúdos que combatem o racismo religioso.
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By Carlos Duarte Junior

Carlos Augusto Ramos Duarte Junior é um explorador apaixonado pela cultura e espiritualidade afro-brasileira. Influenciado pelas mulheres fortes e sábias de sua família, ele busca incessantemente entender e compartilhar o conhecimento sobre o Candomblé. Desde jovem, Carlos foi inspirado por sua mãe, avó, tia e irmã, que despertaram nele uma curiosidade pelas tradições ancestrais do Brasil. Formado em Economia, ele encontrou sua verdadeira paixão na cultura afro-brasileira, mergulhando no estudo do Candomblé. Suas experiências com sua tia sacerdotisa e sua irmã pesquisadora aprofundaram sua conexão com a espiritualidade do Candomblé. Carlos visitou terreiros, participou de cerimônias sagradas e estudou a história e mitologia desta religião. Ele compartilha seu conhecimento através do livro “Candomblé Desmistificado: Guia para Curiosos”, buscando quebrar estereótipos e oferecer uma visão autêntica desta tradição espiritual. Carlos é um defensor da diversidade e do respeito às religiões de matriz africana, equilibrando sua vida entre a escrita, a família e a busca contínua pelo conhecimento. Com seu livro, Carlos convida os leitores a uma jornada pelos mistérios e belezas do Candomblé.

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