Mitos do Candomblé: Verdades que Desfazem Preconceitos
setembro 23, 2024 | by Carlos Duarte Junior

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Mito não é apenas uma mentira. Às vezes é uma meia-verdade, uma ideia distorcida, ou um eco de preconceitos antigos. No caso do Candomblé, os mitos que cercam a religião são frutos da intolerância, do racismo e da ignorância. Este texto é um convite para romper esse ciclo, com respeito, escuta e informação.
Vamos desmistificar os principais mitos sobre o Candomblé — não com confronto, mas com axé, saber e ancestralidade.
Por que ainda existem tantos mitos sobre o Candomblé?
Durante mais de quatro séculos, o Candomblé resistiu às tentativas de silenciamento. Criminalizado, perseguido e estigmatizado, foi associado a imagens negativas construídas pela sociedade colonial e cristã.
Com o tempo, essas imagens viraram “mitos” que se espalharam como verdades. Hoje, desfazê-los é um ato de educação, justiça histórica e espiritualidade.
Mito 1: “Candomblé é coisa do demônio”
Esse é o mito mais violento e persistente. O conceito de demônio é exclusivo das tradições judaico-cristãs e não existe no Candomblé nem na cosmologia iorubá.
O que há são orixás: forças da natureza, energias que se manifestam na mata, no fogo, na chuva, no ferro, no amor e na justiça. Chamar uma religião ancestral de “coisa do demônio” é ato de intolerância e desinformação.
Mito 2: “Orixás são santos católicos”
Essa confusão nasceu do sincretismo religioso. Os africanos escravizados foram forçados a esconder seus cultos e associaram orixás a santos católicos como forma de resistência.
Oxum foi associada a Nossa Senhora Aparecida. Ogum a São Jorge. Mas orixá não é santo. Orixá é natureza viva, é energia ancestral. A semelhança é estratégica, não teológica.
Mito 3: “Todos no Candomblé incorporam”
A incorporação é uma das formas de manifestação dos orixás, mas nem todos os filhos de santo incorporam. A religião tem muitos papéis e funções:
- Ogãs: tocam os atabaques, não incorporam
- Equedes: cuidam dos orixás e dos filhos em transe
- Abiãs: iniciantes, em preparação espiritual
A incorporação é importante, mas o axé está presente em cada função.
Mito 4: “Sacrifícios de animais são cruéis”
O sacrifício de animais no Candomblé segue rituais com profundo respeito. Os animais são consagrados, não sofrem e sua carne, na maioria das vezes, é compartilhada em refeições coletivas.
Oferendas são parte do ciclo da vida. No itan de Obá e Xangô, o sacrifício é ofertado não como punição, mas como gesto de renúvelação e obrigação espiritual.
Mito 5: “Candomblé é só para pessoas negras”
O Candomblé é uma religião de matriz africana, mas é aberta a todas as pessoas. O que importa é o respeito, a entrega e a vontade de seguir o caminho dos orixás com verdade.
No terreiro, o axé não escolhe cor: escolhe intenção.
Mito 6: “Candomblé e Umbanda são a mesma coisa”
São religiões irmãs, mas diferentes:
- A Umbanda mistura espiritismo, catolicismo e elementos afro-brasileiros.
- O Candomblé é tradicional, com liturgia africana, iniciações e ritos fechados.
Ambas merecem respeito. Mas confundi-las é ignorar suas particularidades.
Mito 7: “Precisa abandonar outras crenças para entrar no Candomblé”
Não. O Candomblé não impõe rupturas, mas propõe entrega e compromisso. Muitos filhos de santo passaram por outras religiões antes. Cada caminhada é única.
A religião não exige abandono, exige verdade.
Mito 8: “O Candomblé é atrasado ou primitivo”
Essa é uma das formas mais veladas de racismo. O Candomblé tem saberes milenares sobre:
- Fitoterapia
- Psicologia ancestral
- Comunidade
- Cosmologia
- Ritmo e cura
Não há nada de “primitivo” em uma religião que resistiu por mais de 500 anos com sabedoria, organização e axé.
A importância de desmistificar com respeito
Desmistificar não é debochar. É educar com empatia. É abrir espaço para o diálogo, para a escuta, para o entendimento entre fés e culturas.
Toda vez que um mito é desfeito, o axé encontra caminho.
Conclusão: Conhecimento é caminho para o axé
Falar do Candomblé com verdade é proteger o que é sagrado. É garantir que as próximas gerações possam conhecer a religião sem medo, sem vergonha, sem mentira.
O conhecimento é ferramenta de liberdade. E a liberdade é fundamento de toda religião que respeita a vida.
Fontes recomendadas
Leitura externa: Para se aprofundar nos mitos e fundamentos do Candomblé, recomendamos o artigo educativo do Brasil Escola, uma fonte confiável e acessível.
Leitura interna: Veja também nosso conteúdo complementar Mitos e Verdades sobre o Candomblé com explicações ampliadas.
Livro recomendado: 📚 Orixás – Pierre Verger, um clássico essencial para entender os mitos, rituais e tradições afro-brasileiras com profundidade e respeito.
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