7 Saberes de Oxum no Candomblé: Amor, Água e Sabedoria

Quem é Oxum no Candomblé?

Oxum é a orixá das águas doces, dos rios, do amor, da fertilidade e da riqueza. No Candomblé, é uma das divindades mais amadas e reverenciadas. Seu axé toca o coração, a emoção, o ventre. Oxum é beleza, cuidado, sensualidade, doçura e, ao mesmo tempo, firmeza e sabedoria.

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Ela representa também a maternidade, a intuição e a proteção do feminino. É dona do espelho, do ouro e da palavra que acolhe. Oxum é aquela que escuta o pedido mudo, que responde com suavidade e que conhece a profundidade das águas calmas.

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Características e atributos de Oxum

• Cor: Amarelo ou dourado
• Elemento: Águas doces (rios, cachoeiras)
• Dia da semana: Sábado
• Comidas: Feijão fradinho, acarajé, arroz-doce
• Saudação: “Ora iê iê ô!”

Oxum também é conhecida por sua forte ligação com o ouro. Mas esse ouro não é apenas material. É o brilho do axé, é a luz que vem da alma, é o valor interno das coisas e das pessoas. Seu arquétipo é o da mulher que sabe cuidar, seduzir e decidir com sabedoria.

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O papel de Oxum no Candomblé

Oxum é cultuada como a senhora das emoções e do amor. Mas seu poder vai além do romântico. Ela rege a maternidade, a fertilidade, o afeto e também a diplomacia. Em tempos de conflito, é Oxum quem acalma. Em tempos de dor, é Oxum quem consola.

Nos terreiros, Oxum é reverenciada em festas cheias de flores, perfumes e cantos que exaltam sua beleza e sua doçura. Mas também se reconhece sua força ancestral, sua ligação com a inteligência emocional, com o poder de ouvir, acolher e curar.

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Oferendas para Oxum no Candomblé

As oferendas para Oxum devem ser feitas com doçura e elegância. Entre as mais comuns estão:

• Feijão fradinho cozido com cebola e azeite
• Acarajé e abaras
• Arroz-doce com leite e mel
• Flores amarelas
• Perfumes doces

As oferendas são depositadas em locais de água doce: às margens de rios, cachoeiras e fontes. Sempre com cuidado, respeito e orientação de quem tem fundamento.

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O arquétipo de Oxum e a força feminina

Oxum é arquétipo da mulher que sabe o que quer. Não se deixa enganar pela aparência. Usa o espelho para enxergar o mundo e a si mesma. Representa também as mulheres que lutam com suavidade, que acolhem sem se anularem, que sabem dizer sim e não com a mesma firmeza.

Na história do Candomblé e da vida real, muitas iyalorixás (mães de santo) carregam o axé de Oxum: lideram com amor, educam com firmeza, encantam com sabedoria.

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Oxum no cotidiano dos filhos de santo

Quem é de Oxum costuma ter um coração sensível, uma escuta apurada, uma sensualidade natural. Mas também carrega o desafio de manter o equilíbrio entre o sentir e o decidir. Oxum ensina a confiar, mas também a se proteger.

No Candomblé, sua presença se manifesta em pequenos gestos: no banho de folha que acalma, no canto suave que emociona, no cuidado com a beleza, com o corpo, com a palavra.

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Conclusão: Oxum é rio que corre por dentro

Falar de Oxum no Candomblé é falar da água que corre onde a palavra não alcança. É reconhecer a importância do afeto, da empatia e da escuta. É aceitar que existe força no silêncio, poder na beleza, firmeza no cuidado.

Oxum nos lembra que o amor é sagrado, e que cuidar de si e dos outros é também um ato de axé.

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Leia também: Vestimentas e Simbolismos no Candomblé

Fonte recomendada: Geledés: Oxum e o poder feminino

Assista também: Documentário: As Águas de Oxum