🔮 Símbolos: Portais Entre o Invisível e o Visível
outubro 28, 2024 | by Carlos Duarte Junior

Vivemos cercados por eles. Eles estão nas roupas que usamos, nas palavras que escolhemos, nos emojis, nas placas de trânsito, nos logotipos, nas oferendas, nos pontos riscados e nas folhas sagradas.
Mas afinal: o que são símbolos? Qual o seu poder? E por que eles são tão importantes nas religiões de matriz africana?
✨ O que são símbolos?
A palavra símbolo vem do grego symballein, que significa “juntar duas partes”. Ou seja: ele conecta o mundo físico com o mundo espiritual, o visível com o invisível.
Diferente de um simples sinal (como uma placa de pare), ele não tem um único significado fixo. Ele é vivo, interpretativo, ancestral. Um triângulo pode ser arma, pirâmide ou trindade — depende da tradição, do olhar e do contexto.
🌿 Os símbolos no Candomblé e na ancestralidade africana
Nas tradições afro-brasileiras, eles têm papel central na comunicação espiritual. Eles aparecem:
- Nos fios de conta, que representam proteção e ligação com o orixá;
- Nos pontos riscados, que codificam entidades, caminhos e forças ocultas;
- Nas folhas escolhidas para banhos, defumações e oferendas, que carregam energia simbólica de limpeza, corte, cura ou fortalecimento;
- No ebó, que não é só oferenda — é um recado espiritual simbolizado por elementos.
- Nas danças e gestos de cada orixá, que comunicam energia, arquétipo e axé.
O símbolo, nesse contexto, não é representação — é presença.
🧭 Exemplo: símbolos dos orixás
Cada orixá carrega eles próprios:
- Ogum: espada, facão, ferro, estrada.
- Oxum: espelho, leque, ouro, cachoeira.
- Iansã: raio, espada curva, vento, búzio.
- Xangô: machado duplo, trovão, pedra.
- Exu: encruzilhada, tridente, chaves.
Esses não são apenas decorativos. Eles materializam o arquétipo do orixá, concentram axé, e nos ajudam a identificá-lo em rituais, sonhos, sinais e caminhos.
🌐 Leitura complementar com fontes confiáveis
- 👉 Símbolo – Wikipédia
- 👉 Galeria espirituais – Wikimedia Commons
- 👉 religiosos e sua origem – Brasil Escola
- A História Afro-Brasileira Como Você Nunca Viu – Documentário da Embratur
🌟 Curiosidade espiritual
Muitos terreiros não desenham símbolos abertamente. Eles são guardados no segredo do axé, riscados apenas por quem tem fundamento. Isso porque eles não são só imagem — são força, e invocam o que representam.
Por isso, nem tudo que se mostra, se entende — e nem tudo que se entende, se pode mostrar.
🌟 Curiosidade: símbolos e orixás nos sonhos e no corpo
Você sabia que os orixás também se comunicam por símbolos nos sonhos e no corpo? Muitas pessoas relatam ver tridentes, espadas, búzios, rios ou espelhos em sonhos — sinais associados a Exu, Ogum, Oxum ou Iemanjá. Além disso, dores recorrentes em certas partes do corpo, sensações com certos elementos (vento, água, ferro) ou afinidades com cores e gestos podem ser formas simbólicas sutis de um orixá se manifestar na rotina da pessoa. Por isso, observar os símbolos no cotidiano, nos sentimentos e no inconsciente é um caminho ancestral de escuta espiritual.
❓ FAQ – Perguntas frequentes sobre símbolos
1. O que são símbolos espirituais?
São representações que conectam o mundo material com o espiritual. No Candomblé, podem ser objetos, gestos, cores, formas, folhas ou caminhos.
2. Qual a diferença entre símbolo e sinal?
O sinal tem um único sentido (como um semáforo). O símbolo é aberto, ancestral, e pode ter múltiplos significados espirituais.
3. Símbolos têm poder real?
Sim. No Candomblé e em outras tradições, acredita-se que símbolos condensam energia e canalizam forças invisíveis.
4. Como identificar os símbolos de um orixá?
Estudando seus itans (mitos), arquétipos e elementos associados. Por exemplo: pedra = Xangô; cachoeira = Oxum; ferro = Ogum.
5. Posso usar símbolos sem ser iniciado?
Alguns símbolos são universais. Outros são secretos e exigem respeito. O importante é não banalizar o que é sagrado.
💬 Chamada para ação
📿 Qual símbolo espiritual mais toca sua alma?
Comente abaixo o que ele representa para você — e compartilhe esse post com quem precisa reconectar imagem, axé e ancestralidade.
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