Ilustração em estilo cordel com mulher realizando rituais de sorte no final do ano, com Oxalá e Iemanjá ao fundoNo Candomblé, sorte é axé em movimento. Quando o ciclo vira, o espírito se renova com fé, ervas e intenção.

O final do ano é tempo de balanço, despedida e esperança. É quando a espiritualidade se faz ainda mais presente — nos gestos, nas velas acesas, nos banhos de ervas e nas palavras que lançamos ao vento. Atrair sorte no final do ano é muito mais do que fazer pedidos: é alinhar o corpo, o espírito e a intenção com o axé.

Reunimos aqui 7 rituais de sorte com base em fundamentos afro-brasileiros, simples de fazer, mas profundos em sua força simbólica.


🌿 1. Banho de Louro com Canela

Para atrair dinheiro e fartura no novo ciclo

  • Ferva 1 litro de água com 3 folhas de louro e 1 colher de canela em pau.
  • Espere amornar e tome do pescoço para baixo na manhã do dia 31.
  • Visualize portas se abrindo e caminhos se iluminando.

🕯️ 2. Vela Branca com Pedido a Oxalá

Para paz, clareza e sorte nos caminhos

  • Acenda uma vela branca no último pôr do sol do ano.
  • Ao lado, coloque um copo com água e diga:
    “Que Oxalá ilumine meu novo tempo, e que a sorte venha serena como sua luz.”

🧂 3. Simpatia do Sal Grosso no Sapato

Para afastar má sorte e energias negativas

  • Coloque uma pitada de sal grosso dentro do sapato que vai usar na virada.
  • Após a virada, jogue o sal fora em água corrente (pode ser pia ou rio).
  • Vista-se de branco ou com a cor do seu orixá de cabeça.

🍇 4. Ritual das 7 Uvas com Gratidão

Para agradecer e abrir espaço para o novo

  • Na hora da virada, coma 7 uvas e faça 7 pedidos.
  • Guarde as sementes e plante em um vaso com alecrim.
  • A cada broto novo, renove a gratidão.

💨 5. Defumação de Verbena e Guiné

Para limpar o ambiente e atrair sorte leve

  • Acenda um punhado de verbena seca com folhas de guiné.
  • Defume a casa toda no dia 30, de dentro para fora, pedindo proteção.
  • Finalize com oração, cântico ou toque suave de tambor.

💸 6. Simpatia com Canela e Açúcar no Altar

Para atrair dinheiro, trabalho e harmonia

  • Misture 1 colher de açúcar e 1 de canela.
  • Coloque sobre um pires branco com uma vela dourada.
  • Acenda na manhã do dia 1º e deixe queimar por inteiro.

🐚 7. Oferenda a Iemanjá nas Águas

Para proteção espiritual e bênçãos no ano que chega

  • Escreva seu nome em um papel azul e envolva com uma rosa branca.
  • Jogue ao mar ou em rio, pedindo:
    “Iemanjá, mãe das águas, leve o que já não me serve e traga o que me fortalece.”

🙋 Perguntas Frequentes sorte no final do ano

1. Qual a melhor hora para fazer rituais de sorte no final do ano?
A noite do dia 31 é especial, mas os rituais podem ser feitos entre os dias 28 de dezembro e 2 de janeiro, dependendo da sua intenção.

2. Posso repetir esses rituais em outros momentos do ano?
Sim! Especialmente em viradas de mês, ciclos lunares e aniversários.

3. Preciso ser iniciado para acender vela ou fazer banho de axé?
Não. Com respeito e fé, todos podem se beneficiar de práticas simples com ervas e elementos naturais.

4. E se eu não puder fazer todos?
Escolha o que mais tocar seu coração. Um ritual feito com verdade vale mais que muitos feitos por obrigação.


🔍 Você Sabia? Sorte no final do ano

  • O louro é usado desde a antiguidade como símbolo de vitória e fartura. No Candomblé, é planta de força sutil, ligada à abertura de caminhos.
  • O número 7 aparece com frequência nos rituais por sua ligação com a espiritualidade, com os 7 caminhos de Exu e os 7 sentidos do axé.
  • Soprar canela e acender velas coloridas são heranças afro-brasileiras adaptadas à cultura popular da virada.

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Você tem algum ritual especial para atrair sorte no final do ano?
Conta aqui nos comentários e espalhe seu axé para que 2025 comece cheio de luz!

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By Carlos Duarte Junior

Carlos Augusto Ramos Duarte Junior é um explorador apaixonado pela cultura e espiritualidade afro-brasileira. Influenciado pelas mulheres fortes e sábias de sua família, ele busca incessantemente entender e compartilhar o conhecimento sobre o Candomblé. Desde jovem, Carlos foi inspirado por sua mãe, avó, tia e irmã, que despertaram nele uma curiosidade pelas tradições ancestrais do Brasil. Formado em Economia, ele encontrou sua verdadeira paixão na cultura afro-brasileira, mergulhando no estudo do Candomblé. Suas experiências com sua tia sacerdotisa e sua irmã pesquisadora aprofundaram sua conexão com a espiritualidade do Candomblé. Carlos visitou terreiros, participou de cerimônias sagradas e estudou a história e mitologia desta religião. Ele compartilha seu conhecimento através do livro “Candomblé Desmistificado: Guia para Curiosos”, buscando quebrar estereótipos e oferecer uma visão autêntica desta tradição espiritual. Carlos é um defensor da diversidade e do respeito às religiões de matriz africana, equilibrando sua vida entre a escrita, a família e a busca contínua pelo conhecimento. Com seu livro, Carlos convida os leitores a uma jornada pelos mistérios e belezas do Candomblé.

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